Programação do Sesc Jundiaí exalta cultura afro

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, o Sesc Jundiaí apresenta diversas atividades em várias linguagens artísticas que contribuem sobre o papel da cultura afro para construção da nossa sociedade.

No campo musical, mulheres negras reforçam as raízes africanas na composição sonora da nossa música. O teatro do Sesc receberá três espetáculos com a temática. O musical Eras, apresentado pelo Coletivo Negras Autoras, com direção de Grace Passô e preparação vocal da sambista Fabiana Cozza, traz o universo e o cotidiano da mulher negra. O show cênico acontecerá no dia da Consciência Negra, dia 20, segunda-feira, às 19h. Ingressos à venda, com valores de R$ 20 a R$ 6.

No dia 24, sexta-feira, a cantora, bailarina e coreógrafa, Fanta Konatê, apresenta a musicalidade das tradições do seu país de origem, Guiné Conacri, na África Ocidental. Ingressos à venda, com valores de R$ 20 a R$ 9. E no dia seguinte, a cantora Juçara Marçal estreia o show intimista: “Comme à la radio”, mergulhando no repertório da artista francesa Brigitte Fontaine. Ingressos à venda, com valores de R$ 20 a R$ 6.

O Espaço Radical, da unidade, recebe a cantora Luedji Luna. Nascida na Bahia, mas criada em São Paulo, a artista apresenta o projeto de redescobrimento da própria identidade após o contato com imigrantes africanos em São Paulo. Apresentação será no dia 16, quinta, e a entrada é franca.

O resultado de um trabalho de pesquisa em torno das religiões de matrizes africanas realizado pela Cia. Tempo de Brincar se faz presente em dois momentos no dia 20, às 11h e às 16h, com a intervenção artística musical Ciranda dos Orixás.

Na área teatral, no sábado, dia 18, o grupo Coletivo Negro apresenta o espetáculo Farinha Com Açúcar ou Sobre a Sustança de Meninos e Homens, que expõe e reflete a experiência de ser negro na urbanidade. Ingressos à venda, com valores de R$ 17 a R$ 5. No dia 22, quarta-feira, a peça Vaga Carne retrata, por sua vez, a experiência de uma voz, capaz de invadir qualquer matéria física, que resolve invadir o corpo de uma mulher e assim viver e narrar essa experiência. Gratuito com retirada de ingressos na Central de Atendimento, 1h antes.

O espetáculo de dança, Corredeira, da Nave Gris Cia. Cênica, leva à cena as danças presentes nas manifestações religiosas de matrizes africanas. A apresentação acontece no dia 19, domingo, no teatro do Sesc Jundiaí, com ingressos à venda, com valores de R$ 17 a R$ 5. Já na quinta-feira, dia 23, é a vez do espetáculo Vênus Negra – Um Manual de Como Engolir o Mundo, que narra a história de Saartjie, uma mulher africana que foi exibida em uma jaula na Europa por ter proporções avantajadas. Gratuito com retirada de ingressos na Central de Atendimento, 1h antes.

As artistas Tatiana Devos Gentile e Laura Tamiana, na companhia de mais 25 mulheres negras, entre 13 a 95 anos, pretendem contar a história de um dos mais antigos clubes sociais negros do país, o Clube Beneficente Cultural e Recreativo Jundiaiense 28 de Setembro, através de uma instalação de fotos e vídeos, uma oficina de confecção de retratos, e uma roda de cantos tradicionais da cultura afrodescendente. O projeto intitulado de Retrato: Substantivo Feminino, acontece dos dias 7 ao 12.

 

PROGRAMAÇÃO COMPLETA ESPECIAL CONSCIÊNCIA NEGRA

MÚSICA

Shows

LUEDJI LUNA

O show é uma proposta para se pensar identidade, é o olhar da cantora sobre si mesma, a partir do contato, ainda que disperso, com os imigrantes africanos em São Paulo. O projeto se fundamenta na ideia do não pertencimento, do corpo que ocupa o espaço, mas não se identifica, e da necessidade de conexão com a ancestralidade.

Dia 16. Quinta, 20h

Grátis
Espaço Radical | Livre

Sujeito a alteração de local, em razão de condições climáticas.

 

ERAS

Show cênico musical com composições sobre as relações temporais e atemporais entre o universo da mulher negra e o que a rodeia na contemporaneidade. O show é a segunda criação com composições autorais do grupo formado por mulheres negras, multi artistas que encontram na Arte a forma de descrever o percurso e o posicionamento da mulher negra ativa na sociedade. Direção: Grace Passô. Preparação vocal: Fabiana Cozza. Com Coletivo Negras Autoras.

Dia 20. Segunda, 19h

R$ 20,00 | R$ 10,00 | R$ 6,00

Teatro | 220 lugares | Não recomendado para menores de 12 anos

 

FANTA KONATÊ

Com o intuito de conectar o público à África real dos saberes, belezas e resistência, Fanta apresenta a musicalidade das tradições africanas, e danças que expressam a alegria e vitalidade de um povo que se reúne diariamente para celebrar a vida de cada indivíduo. Cantora, bailarina e coreógrafa, atua como multiplicadora da cultura da Guiné há 14 anos no Brasil e no mundo.

Dia 24. Sexta, 20h

R$ 20,00 | R$ 10,00 | R$ 6,00

Teatro | 220 lugares | Não recomendado para menores de 12 anos

 

JUÇARA MARÇAL

Juçara Marçal estreia um novo show: ‘Comme à la radio’, no qual será acompanhada pela pianista Thaís Nicodemo e o violonista Kiko Dinucci, seu parceiro em tantos outros trabalhos. Nesse show, a cantora experimenta os limites entre o canto, a fala, o grito, a declamação, mergulhando no repertório da artista francesa Brigitte Fontaine. Fontaine é cantora, escritora e atriz, que despontou na década de 60/70, com um jeito de compor e uma forma de cantar extremamente inovadores.

Dia 25. Sábado, 19h

R$ 20,00 | R$ 10,00 | R$ 6,00

Teatro | 220 lugares | Não recomendado para menores de 12 anos

 

Intervenção

CIRANDA DOS ORIXÁS

Os orixás são manifestações da natureza para o povo iorubá. É desse universo que trata o quinto álbum do grupo Tempo de Brincar, companhia criada há mais de uma década pelo músico e compositor Valter Silva e pela artista visual e atriz Elaine Buzato. O trabalho atual é fruto do compromisso da companhia com a pesquisa, seja através das referências, seja na imersão do grupo por diversos estados e comunidades desse gigante multicolorido que é o Brasil. Com Cia. Tempo de Brincar.

Dia 20. Segunda, 11h e 16h

Grátis
Área de Convivência | Livre

 

TEATRO

Espetáculos

FARINHA COM AÇÚCAR OU SOBRE A SUSTANÇA DE MENINOS E HOMENS

Paisagens sonoras e imagéticas se materializam por meio do ato de contar, expor, refletir e dialetizar a experiência de ser negro na urbanidade. Em um ano, foram entrevistados 12 homens negros de diversas idades e ocupações, com a intenção de verificar alguma unidade nas trajetórias e buscar inspiração para a construção de uma narrativa sobre suas experiências.  Idealização, atuação, direção geral e dramaturgia: Jé Oliveira. Com Coletivo Negro.

Dia 18. Sábado, às 19h

R$ 17,00 | R$ 8,50 | R$ 5,00

Teatro | 220 lugares | Não recomendado para menores de 16 anos

Duração: 80 minutos.

 

VAGA CARNE

A peça é um campo de jogo entre palavra e movimento, onde um corpo de mulher vive a urgência de discurso, à procura de suas identidades e de pertencimento. Em sua narrativa, uma voz errante, capaz de invadir qualquer matéria sólida, líquida ou gasosa, resolve, pela primeira vez, invadir um corpo de mulher e, a partir dessa experiência, narra o que sente enquanto sujeito, o que finge sentir, o que é insondável em si, o que sua imagem é para o outro. Concepção, atuação e dramaturgia: Grace Passô.

Dia 22. Quarta, às 20h

Grátis com Retirada de ingressos 1h antes, na Central de Atendimento

Teatro | 70 lugares | Não recomendado para menores de 14 anos

 

DANÇA

Espetáculos

CORREDEIRA

A corporeidade levada à cena tem sua origem nas tradições e saberes banto, em especial nas danças presentes das manifestações religiosas de matrizes africanas. É também um exercício de reflexão em torno do corpo que pretende contar a pluralidade do indivíduo, dissipado e transformado na diáspora negro-brasileira. Corredeira é água que inunda o corpo e o faz mover em busca de espaços locados na memória ancestral que se presentifica no acontecimento da dança. Com Nave Gris Cia. Cênica.

Dia 19. Domingo, 18h

R$ 17,00 | R$ 8,50 | R$ 5,00

Teatro | 220 lugares | Livre

 

VÊNUS NEGRA – UM MANUAL DE COMO ENGOLIR O MUNDO

Através de uma singela homenagem à Saartjie, a Vênus Negra, mulher africana que há dois séculos foi exibida em uma jaula na Europa por ter proporções avantajadas, o espetáculo propõe exorcizar a condição vivida por ela, transpondo essa problemática para o nosso tempo. Corpos que se desnudam e se lançam na experiência singular de traduzir os processos que tangem suas existências e suas relações sociais. Com Zona Agbara.

ESTE ESPETÁCULO CONTÉM CENAS DE NUDEZ.

Dia 23. Quinta, 20h

Grátis

Teatro | 220 lugares | Não recomendado para menores de 16 anos

Retirada de ingressos 1h antes, na Central de Atendimento.

 

Oficina

BRASIL-ÁFRICA: DIÁLOGOS DANÇANTES

O projeto propõe encontros que abordem danças tradicionais africanas e afro-brasileiras no intuito de perceber o diálogo entre elas. As danças seus aspectos ritualísticos, sociais, culturais, etc, serão abordados de maneira mais introdutória com o objetivo de contextualizá-las e despertar o interesse pela cultura africana. Com Regina Santos.

De 7/11 a 14/12. Terças e Quintas, 19h30 às 21h (exceto dias 21 e 28/11)

Grátis

Sala de Múltiplo Uso 2 | 25 vagas | Não recomendado para menores de 16 anos

Inscrições na Central de Atendimento, a partir de 1/nov.

Atividade sequencial (10 encontros).

 

ESPECIAL

RETRATO: SUBSTANTIVO FEMININO

O projeto foi realizado pelas artistas Tatiana Devos Gentile e Laura Tamiana junto a 25 mulheres negras, de 13 a 95 anos, ligadas às tradições culturais do Cavalo Marinho, em PE, do Reinado (Congado), em MG e Batuque de Umbigada, em SP. A partir da metodologia do projeto, que se baseia na memória e no afeto como matéria-prima para a confecção de retratos e contando com parte de suas integrantes, pretende-se contar um pouco da história do Clube Beneficente Cultural e Recreativo Jundiaiense 28 de Setembro, um dos mais antigos clubes sociais negros do país.

 

INSTALAÇÃO

Projeto de criação coletiva de retratos em foto e vídeo realizado por Laura Tamiana e Tatiana Devos Gentile junto a mulheres negras, de 12 a 95 anos, participantes de diferentes manifestações tradicionais do Brasil (PE, MG, SP, RJ). Com Tatiana Devos Gentile e Laura Tamiana.

De 7 a 10. Terça a Sexta, 10h às 22h

Dias 11 e 12. Sábado e Domingo, 10h às 19h

Grátis

Área de Convivência | Livre

 

OFICINA

A partir da metodologia do projeto homônimo, realizado desde 2009 com mulheres negras, ligadas a manifestações tradicionais, as artistas Laura Tamiana e Tatiana Devos Gentile propõem um passeio pelos territórios da memória e do afeto como matéria-prima para a confecção de retratos, como forma de contar sua história pessoal.

Público alvo: Mulheres.

De 7 a 10. Terça a Sexta, 18h30 às 21h30

Grátis

Sala Múltiplo Uso 2 | 10 vagas| Livre

Inscrições na Central de Atendimento, a partir de 1/nov

 

RODA DE CANTOS

Em roda, mulheres do Jongo da Serrinha, do Cavalo Marinho e de outras manifestações culturais brasileiras se encontram com mulheres do Coral do Clube Beneficente Cultural e Recreativo Jundiaiense 28 de Setembro de Jundiaí, para trocar entre si e compartilhar com o público cantos de suas tradições. Lançamento do livro fotográfico ‘RETRATO: substantivo feminino’, de Laura Tamiana e Tatiana Devos Gentile, com bate-papo.

Dia 11. Sábado, 16h

Grátis

Área de Convivência | Livre

 

LITERATURA

Contação de História

CONTOS AFRICANOS DO CHAVEIROEIRO

A Cia. Chaveiroeiro convida o público para um encantador passeio pelas culturas africanas apresentando contos de sabedoria, transmitidos de geração para geração, milenarmente. Dialogando com a cultura afro-brasileira e tradição de vários países, dentre eles São Tomé e Príncipe, Gana e Nigéria. Mafuane Oliveira utiliza o “Chaveiroeiro Mágico”, um instrumento especial que abre as portas das histórias, cantigas, instrumentos e brincadeiras tradicionais, inspirados por estas tradições. O público participa escolhendo as chaves das diferentes histórias que serão contadas a cada domingo de novembro. Participação Especial: Amanda Ribeiro e Vinicius Medrado.

De 5 a 26. Domingos, 11h

Dia 29. Quarta, 10h e 14h

Grátis

Biblioteca | Livre

Atividade não sequencial

 

Da Redação
Fotos: Divulgação