“Vai ser bíblico”, diz Marcelo Gross sobre show no Beatles Sesc dia 26

Para encerrar o projeto Beatles Sesc, o guitarrista Marcelo Gross e o vocalista Beto Bruno, fundadores da banda Cachorro Grade, voltam ao palco nesta quinta-feira (26) com a missão de interpretar o repertório final de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. O show com entrada gratuita será às 20h no Terraço Panorâmico do Sesc Jundiaí. É preciso retirar ingressos 1h antes, na Central de Atendimento.

Formada em 1999 e com 8 discos lançados,a banda gaúcha resolveu ‘pendurar as guitarras’ em novembro de 2108 para que os integrantes possam a se dedicar a outros projetos. A despedida em grande estilo foi em 13 de julho deste ano no Bar Opinião, em Porto Alegre. Agora, meses depois, a dupla foi convidada para o Beatles Sesc, evento especial iniciado dia 03 de setembro com shows, bate-papos, filmes e atividades em homenagem ao quarteto inglês, com curadoria do jornalista e escritor Ricardo Alexandre.

Em entrevista exclusiva ao Portal Acontece Jundiaí, Marcelo Gross, conta que conhecer o Beatles deu sentido a sua vida, o levou a ser músico e afirma que tocar o repertório dos Beatles com Beto Bruno era algo que faltava no currículo da dupla.Confira!

ACONTECE JUNDIAÍ: Como é voltar aos palcos com Beto Bruno, após o show de despedida da banda em Porto Alegre, para participar deste projeto especial Beatles Sesc?

MARCELO GROSS: Está sendo muito divertido. Era algo que faltava no nosso currículo: tocar esse repertório da fase final juntos. Os Beatles foi a banda que nos uniu, que nos fez ter vontade de ter banda, então nada mais justo. E está sendo bonito porque unimos nossas duas bandas solo pra fazer esse show: com o Eduardo Barreto, que toca comigo, no baixo; o Sebastião Reis da banda “Dois Reis” e que também acompanha o Beto, na guitarra, violão e vocais; o Eduardo Shuler na bateria, que tocou na tour de despedida da Cachorro Grande e que também acompanha o Beto, além do Rafael Stanguini nos teclados. Um time de peso.

O que representa para você como músico integrar um projeto como o Beatles Sesc?

Esse show é um verdadeiro presente que caiu nas minhas mãos, pela Paixão que eu tenho pelos Beatles e pelo Amor que tenho por esse repertório. Também pelo histórico que tenho de vários shows com o SESC. Portanto, por várias razões está sendo muito significativo. Estou muito feliz em fazer parte desse projeto lindo.

O show será baseado no repertório final do quarteto inglês, lançado entre 1969 e 1970. Como é interpretar algumas canções que marcaram essa fase do grupo?

É muito relevante de várias formas porque trata-se de uma fase muito criativa e ao mesmo tempo conturbada, que marca o final da carreira deles, mas também o auge artístico.
É a celebração dos 50 anos do concerto no telhado da Apple, que foi a última apresentação deles, a qual vamos tocar na ordem e na íntegra. Também marca os 50 anos do lançamento de um dos melhores e mais vendidos álbuns de todos os tempos, o icônico Abbey Road. O interessante é que o show vai ser no data de aniversário de lançamento desse disco maravilhoso que saiu dia 26/09/1969 e marca também o lançamento da reedição comemorativa de 50 anos que terá lançamento mundial do dia do nosso show.
Tem ainda canções do álbum “Let it Be” que, apesar de ter sido gravado em 1969, saiu somente no ano seguinte. Aliás, o filme marcou minha infância pois passava toda a semana numa TV local (TV Guaiba) na minha cidade natal ( Porto Alegre ) e me impressionava muito. O filme mostra esse concerto no telhado da gravadora deles, a Apple, e eu considero um dos momentos mais fantásticos da história do rock. Os Beatles tocando um repertório de músicas na época inéditas, num show surpresa no horário do almoço que parou a cidade de Londres e que só terminou porque chamaram a polícia.

Alguma canção especial desta fase que gostaria de comentar algo?

São vários clássicos: “Get Back”, “Come Toghether”, “Something” , “Here comes the sun”, “Dont Let me down”… Uma  que está sendo muito prazerosa de tocar é “I Want You ( She so heavy)” que foi a última canção que os 4 gravaram juntos e que antecipa um tipo de som pesado e heavy que várias bandas desenvolveram nos anos 70, como o Black Sabbath,entre outras. Outra que é interessante é o medley final do “Abbey Road” que junta 3 músicas Golden Slumbers/Carry that weitgh/The End.

Aliás, como conheceu a música dos Beatles?

Eu tinha uns 7 anos e estava numa festa com meus pais, na sede social do bairro onde morávamos.Começou a tocar um disco inteiro e aquilo simplesmente mexeu muito comigo. Fui até o DJ e perguntei que som era aquele e ele me mostrou a capa do disco “Os Reis do ié, ié ,ié”, versão brasileira do “A hard days nigth”. No dia seguinte fui com meus pais numa loja de discos e comprei o disco que vinha com um encarte mostrando a coleção. Não sosseguei enquanto não comprei todos os discos e minha vida ganhou outro sentido a partir daí.

Qual é a influência dos Beatles em sua carreira musical?

É imensa. Eles são a melhor coisa que já existiu na música. Minha paixão por eles me fez querer ser músico. Estou sempre descobrindo novos detalhes e aprendendo com eles. Eles são minha maior inspiração para compor e para tocar. A maneira como eles conduziam, arranjavam e gravavam suas musicas era simplesmente brilhante.

Qual expectativa para o show em Jundiaí?

Estamos muito animados! Na verdade tocar esse repertório era um sonho antigo meu e do Beto e a oportunidade apareceu na hora certa, no momento que que esses álbuns completam 50 anos. Tirar e tocar essas músicas têm sido um presente e a gente têm se divertido muito nos ensaios. Vai ser bíblico!

Serviço:
Beto Bruno e Marcelo Gross no Beatles Sesc
Dia 26. Quinta, 20h
Duração estimada: 60 minutos
Terraço Panorâmico | 200 pessoas
Grátis. Retirada de ingressos 1h antes, na Central de Atendimento.

Ellen Fernandes
Foto:Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *