Boca de Lobo leva o ”Lado esquecido” ao Jundiaí Rocks
Formada por Diego Martins (bateria), Raul Fernandes (baixo), Mateus Cappuccelli (guitarra), Cassiano Biaggio e Galiego Edge (vocais), a banda Boca de Lobo levará sua canções enérgicas, mesclando o hardcore punk com o thrash metal, ao público da primeira edição do Festival Jundiaí Rocks, neste sábado (19), no Parque Parque Comendador Antonio Carbonari, o Parque da Uva. Também fazem parte do line-up do evento as bandas CPM 22 e Raimundos, além de grupos autorais independentes conhecidos na Região como Astronova, Facing Death, Genomma e Velodkos. Também sobem ao palco a paulistana Premiere e o grupo Velha Estação, de Capivari (SP). Os shows serão das 13h às 22h.
O quinteto Boca de Lobo ou a “Alcateia Maldita’, surgiu em 2013 com a proposta de compartilhar com o público suas músicas enérgicas com letras que abordam temas voltados para questões sociais e culturais, mesclando em sua sonoridade as influência do hardcore, punk e do thrash metal da década de 80.
A primeira demo foi lançada em 2015. A EP “Relatos do Lado Esquecido” foi lançada neste ano e, como os músicos adiantam, “é uma prévia do álbum que será lançado em breve. No repertório do show para o Jundiaí Rocks, não poderão faltar músicas como “Caráter das Ruas”, “Comodismo”, ”Garotos e Garotas” e “Fortes” cantadas em coro pelos seguidores. Confira o bate-papo dos músicos ao Portal Acontece Jundiaí.
ACONTECE JUNDIAÍ: Como surgiu a ideia de montar o quinteto Boca de Lobo, a Acalteia Maldita?
Galiego Edge: A banda surgiu baseada nas amizades e identificações musicais. Conheci o Diego graças ao skate e o Punk Rock, montamos uma banda e fizemos alguns ensaios apenas. Algum tempo depois conheci o Cassiano nos eventos de Hardcore, Rap e Reggae, e ele já conhecia desde pequeno o Raul e o Mateus. Foi a partir daí que aconteceram as reuniões e ensaios em 2013 e nos apresentamos pela primeira vez em abril de 2014.
Fizemos dezenas de shows e em dezembro de 2015 lançamos a nossa primeira demo. Continuamos fazendo shows, fomos avançando e tivemos canções nas coletâneas “Canguru Tracks Vol I” e “Undeground Voices”. Neste ano, lançamos a EP “Relatos do Lado Esquecido” em cd, K7 e nas principais plataformas digitais. O trabalho nada mais é do que uma prévia do álbum que lançaremos em 2020. Até lá, continuamos com os shows.
ACONTECE JUNDIAÍ: Vocês já participaram de outros festivais? Quais lugares já fizeram shows?
Cassiano Biaggio: Em 2017, estivemos no Festival Hardcore de São Paulo, que contou com nomes significativos do gênero. Na ocasião, tivemos a oportunidade de conhecer a galera do Odd Man Out, uma banda norte americana que a gente curte. Agora teremos o Jundiaí Rocks 2019, que será muito significativo e de grande aprendizado para nós. Sobre os shows na região, fizemos aos montes. Temos momentos memoráveis no Bar do Bilé, Bar do Gastaldo, Aldeia, entre outros. (risos)
ACONTECE JUNDIAÍ: Qual é a proposta da banda? Toda produção é autoral e independente?
Mateus Cappuccelli: A proposta da banda é apresentar um ponto de vista a partir do nosso dia a dia, da nossa visão de mundo. Queremos transmitir ao público o que vivemos, o que passamos. Boca de Lobo gera diversão, reflexão, raiva, questionamento e muito mais. E tudo aqui é autoral e independente.
ACONTECE JUNDIAÍ: Como o grupo avalia o fomento que a ”cena” da região está ganhando nos últimos tempos?
Raul Fernandes: De quando começamos, lá em 2013 até o momento, houveram grandes mudanças. Bandas surgiram, eventos apareceram e a consequência é que se formou um público muito fiel e que acompanha os artistas.
Galiego Edge: Nos últimos anos nós tivemos um grande avanço da esfera cultural na sua totalidade, e pelo fato de estarmos muito próximos dos mais diferentes formatos de evento, acabamos absorvendo tudo e adaptando para o nosso formato. Temos eventos como a Matinê Hardcore, Prophets of Chaos, AstroDeath Fest e as ações da SubArt que fazem a diferença aqui na região.
Mateus Cappuccelli: E esse fenômeno não é uma novidade, nós apenas estamos dando continuidade para ao trabalho que o No Deal, Fistt, Revanche, Hellfun, Sangue no Zóio e tantos outros fizeram. E tudo que essas bandas construíram serviu de base para o cenário atual, que é muito sólido e diversificado. Temos, Facing Death, Astronova, Fim da Aurora, Rosario, War Inside, Clandestinas, Maurício Zucarelli, Velodkos, Jupta, Regredidos do Macaco e por aí vai.
ACONTECE JUNDIAÍ: Como o grupo avalia a oportunidade de tocar em um festival como o Jundiaí Rocks?
Diego Martins: A expectativa para esse evento é grande, pois foi uma surpresa para nós receber o convite para tocar. Estaremos com duas bandas consolidadas, CMP22 e Raimundos, e com uma oportunidade de atingir novos ouvidos.
Raul Fernandes: Entre nós, entendemos que além do fato de contarmos com uma estrutura profissional, o Jundiaí Rocks será uma experiência na qual aprenderemos como que funcionam os festivais. Do dia que recebemos o convite até agora, aprendemos muito sobre organização, procedimentos de divulgação e tudo mais. Está sendo algo muito edificante viver tudo isso.
Cassiano Biaggio: E outra, estaremos vivendo tudo isso ao lado de gente da gente. Teremos grandes camaradas tanto no palco quanto na pista. Isso nos dá um certo conforto e confiança.
ACONTECE JUNDIAÍ: Recentemente vocês lançaram a EP em cassete do ‘Relatos do Lado Esquecido’. Quais são os próximos passos?
Galiego Edge: Temos quatro shows para fazer até dezembro, após isso iremos nos dedicar totalmente ao nosso álbum. Estamos finalizando o processo de gravação e definindo o conceito visual do material. O que podemos adiantar para a “Alcateia Maldita” é que será um trabalho feito com muita calma, para gerar um resultado pesado, rápido, agressivo e divertido.
ACONTECE JUNDIAÍ: Fiquem à vontade se quiserem acrescentar algo mais, ok?
Galiego Edge: Acompanhem o cenário musical da região!
Curta a EP completa ”Relatos do Lado Esquecido” :
Ellen Fernandes
Foto: Valeska Caroline