Alma de Mulher nos traços e nas palavras

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher (8/03), o Acontece Jundiaí conversou com a artista plástica e poetisa Fátima Ayache, que representa em sua trajetória a sensibilidade, superação e o talento de uma alma feminina, sempre disposta ao aprendizado que a vida lhe reserva.

Confira na matéria alguns dos aspectos mais relevantes de sua vida artística e seus ideais.

 

Alma de Mulher nos traços e nas palavras

A mineira de Uberaba Fátima Ayache já vive na região, em Itupeva, há pelo menos duas décadas, não escondendo sua gratidão pelo acolhimento que a fez criar raízes. A paixão pelas artes só aumentou com o passar do tempo. Ela se recorda que ainda criança já demonstrava talento para o desenho.

“Aos 14 anos pintei minha primeira tela e a vendi logo depois para um casal de alemães. Sempre fui eclética com as técnicas e com o passar do tempo fui mesclando estilos, com destaque para o abstrato. Um diferencial do meu perfil artístico é o elo total entre a espiritualidade e a arte, com a intuição de que tem mais alguém comigo quando estou pintando”, revela a artista, lembrando a preferência por tons térreos.

Ao longo dos anos foram muitas exposições pelo mundo afora, nos continentes americano e europeu, em países como EUA, onde morou dois anos, Áustria, Polônia, Alemanha, Portugal e Inglaterra. “A arte é itinerante por si só, permitindo uma constante troca de experiências”, lembra Fátima, que salienta a importância das superações para a valorização das pessoas e de tudo que está ao nosso redor.

Não só a pintura em tela, mas a escultura em papel machê e os poemas também fazem parte do acervo da artista. Escrito e registrado em 1998, o poema Alma de Mulher retrata o universo feminino com sutileza e emoção. “Me refugio na arte, como um mundo paralelo, um ópio”, define a também poetisa.

Permanentemente aberta a novos conhecimentos, Fátima já atuou como comerciante, estilista e chefe gourmet, vendo com bons olhos a evolução da tecnologia em todos os campos. “Com o uso responsável, esse avanço tecnológico favorece a humanidade. Pra mim, no entanto, nada substitui o olho no olho. Ainda observamos dificuldades de acessibilidade, em vários cantos e aspectos. Nós, mulheres, estamos cada vez mais empoderadas, mas ainda temos um longo caminho a percorrer”, define Fátima, com seu sorriso otimista e um brilho especial, com entusiasmo no olhar.

 

 

 

 

 

 

 

Reportagem e fotos: Solange Poli

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