Cantora Railídia apresenta seu primeiro disco Cangalha no Sesc Jundiaí

A cantora paraense Railídia leva ao Sesc Jundiaí o show de Cangalha, seu primeiro disco, neste domingo (4), às 18 horas, no teatro. Lançado em janeiro de 2017, o álbum nasceu de forma orgânica e visceral nas noites de rodas de samba de São Paulo, onde a artista iniciou a carreira musical, há 20 anos. Em Cangalha, o samba divide espaço com tradições como o marabaixo, o boi bumbá, a marcha-rancho e influências da cultura afro-brasileira.

O embrião de Cangalha vem desde a formação do primeiro núcleo do atual grupo Inimigos do Batente, roda de samba que se mantém na ativa desde 1999 e que percorreu espaços consagrados do gênero na capital, como o Bar do Cidão e o ó do borogodó. Em formato de roda, o grupo realiza há quase duas décadas projetos de recuperação da memória do samba e apresenta ao público novos compositores. Em meio a essa trajetória, a cantora integrou por quatro anos o Bando AfroMacarrônico (Kiko Dinucci e Douglas Germano). Em 2008, Railídia participou da gravação do CD Pastiche Nagô, único cd lançado pelo Afro e relançado em vinil em 2017.

Dessa trajetória nasceu Cangalha, sob o signo da cultura popular, e que reúne, em 14 faixas, composições de autores paulistas contemporâneos de Railídia, como Lincoln Antonio, Fernando Szegeri e Douglas Germano, além de regravações dos sambas A Louca (Maurício Tapajós e Aldir Blanc) e Sandália de Prata (Bebeto Di São João e David Corrêa). Das bandas do Norte, Railídia traz o som de Nilson Chaves, Joãozinho Gomes, Val Milhomen e Derny Tiago, primo da cantora. O compositor Douglas Germano participa com três faixas, além de cantar ao lado de Railídia em Quarta-feira de cinzas. Também é de Douglas e Railídia, a faixa que dá nome ao Cd. A cantora também assina a marcha-rancho Solidão de Pierrô (parceria com a filha Iara Carvalho Szegeri).

Sob a produção de André Magalhães, especialista em ritmos brasileiros, Cangalha traz também as participações de Kiko Dinucci e Thiago França (Metá Metá), e dos representantes da música paraense Mapyu, Nilson Chaves e Derny Tiago.

Sobre Railídia
De espírito brincante, Railídia nasceu em uma família festeira da região do Baixo Amazonas, no Pará. Aprofundou seu contato com as manifestações populares a partir de 2003 em São Paulo, como assessora de imprensa do grupo musical A Barca. Os sambas de bumbo, o coco e outros ritmos do repertório apreendido pela cantora nessa experiência foram aos poucos levados por ela às rodas de samba do Inimigos do Batente, grupo que integra há 18 anos e de onde nasceu sua carreira como cantora.

Nos últimos cinco anos, a presença dos ritmos brasileiros se intensificou no trabalho da cantora e o marco foi o ano de 2013 ao lado do baterista Ed Encarnação e do violonista Paulo Godoy, que abriram o caminho para a realidade sonora de Cangalha. No ano seguinte, o trabalho ganhou fôlego com o o pianista e sanfoneiro Felipe Siles, o cavaquinista Helinho Guadalupe, o percussionista Koka Pereira e, na formação atual, traz o baterista Douglas Alonso como titular da bateria.

Serviço – Railídia apresenta Cangalha no Sesc Jundiaí
Data: domingo, 4 de março de 2018, 18 horas
Local: Sesc Jundiaí (Av. Antônio Frederico Ozanan, 6600, Jardim Botânico)
Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia) e R$ 6 (credencial plena)

 

Da Redação
Foto: Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *